Ao coração que sofre
Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiykcyJ32dlQ11VssmopB4WUKoBVk02Eq2AUvsBzk0uwcxIDn9NK6aB6I3O9vAoebPKN7l_TZH7tYkJ3auTq1iJSkxOPtKeC8g4EnE_otuXlkvK6ecirXQ07_IzoqvU8SReyAgGmP9RzkRC/s400/SILVANA.jpg)
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
(Olavo Bilac )
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