Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
(António Gedeão)
- P.S.: 21 de Março, dia Internacional da luta contra o racismo e também o dia Internacional da poesia
2 comentários:
Oi amei o poema!!!
Devemos dizer não ao racismo,
que não vai nos levar em nada,
se pensarmos um pouco mais,
teremos paz!
Mas é o povo quem faz este tipo de discriminação!
Vamos então parar de magoar pessoas normais porque todos nos somos iguais!!
By:Natália dos Santos Domingos
È bom saber que sites como esse existem! É realmente interessante.
Beijos das adolescentes de Presidente Vargas (MA)
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