domingo, 6 de dezembro de 2009

VENTO SUL


VENTO SUL

Ontem à noite
o vento sul soprou sem dó nem piedade.

A menina encolheu-se
numa colcha retalhada de tristeza.

Parecia minha sua solidão.

Ela aninhou-se sem esperanças no nada,
como árvore nua abraçando o frio
que lhe foi imposto.

O que a aguarda é uma sede desenhada em sonho só,
de uma infância em primavera
e um calor imaginado.
(Rosy Moreira)

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