domingo, 6 de dezembro de 2009

FEMEAMENTE


FEMEAMENTE

Tão bom sentir-te à praia do meu corpo.

Estendendo-te ao sul,
transparente e leve feito colcha de luar,
na distância sem fim dos oceanos.

Vens nas vontades do vento,
como poesia pousada à terra,
rasgando com o olhar,o colo dos meus desejos.

Atravessa as águas salgadas dos meus poros,
explorando meu corpo aberto em concha.

Entorna em minha boca as tuas vontades.

Na nudez de minha pureza,
femeamente
...eu te recebo.
(Rosy Moreira)

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