quarta-feira, 19 de novembro de 2008

“Tempestade”


“Tempestade”
Noite triste, escura, coração aflito chora,
olho pela janela, vejo a força da tempestade, ouço
o grito do trovão, seu estrondear ensurdecedor, me
encolho sentindo medo, abandonada à sorte do destino.

A força da natureza se mostrando dura, agressiva
a cada raio da noite triste, severa, grave, oprimindo
a alma, árvores balançam forte os galhos amarfanhados
como se fossem minha própria vida, choro, soluço alto,

não há alguém que possa ouvir meu lamento, cega pela
miragem dos olhos, trazia neles sua imagem, coração
ardendo de desejo e desespero pela ausência, a certeza
de não mais ter seus beijos, seus carinhos, suprema

felicidade que senti um dia, vento forte acompanhava
cada estampido lá fora, meu coração apaixonado nutria
sentimento de perca, vi na noite escura a morte dos meus
sonhos, só restou nostalgia funda, olhos rasos d’água!
(Graciela Cunha e Marta Peres)

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