quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ataíde Lemos


Criança esperança

Sou o futuro do Brasil
Sou o homem do amanhã
Serei a paz ou a violência
Isto está na consciência
De quem faz hoje o amanhã.

Hoje moro na rua
Meu teto é a lua
Minha cama é o papelão
Minha casa é a porta da igreja
O banco da praça
As marquises espalhadas
Onde nelas faço moradas.

Tenho sonhos, tenho esperança
Ainda que escuro
Pra mim parece ser o futuro.
Ainda que sinta fome
Frio, abandono, rejeição...

Sou ainda criança
Queria brincar, queria estudar
Queria sentir-se amado
E não viver assim jogado
Como algo descartado
Indiferente pra tanta gente
Ser visto, como pequeno
E terrivel bandido.
(Ataíde Lemos)

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