terça-feira, 10 de junho de 2008

Saudades


Saudades
como a terra anseia a água
e o vento clama por liberdade
procurei-te pela chuva
e te perdi pela cidade.
vaguei longe, meio mundo
com o coração intenso
em generosa permissão.
e o olhar sempre perdido e fundo.
mas, foi ao buscar-te no intimo
que só aí te alcancei
com tais saudades
onde se encaixa, não sei
esta paixão feita de versos
que nasceu sem veleidades.
de mim não se espante
pois para ti, qual passarinho
trancei gravetos no ninho
sustendo um poema adverso
seguindo valente, adiante.
depus as armas de afronta
arremeter não convém
se só te vejo tão longes
e insistes em estar alem
e para te alcançar
só mesmo fosse por conta
de lírica e alongada espera.
ah! como é doce esperar-te.
por ti, toda a demora
não é nada mais
que um instante.
(Ricardo SantAnnAReiS)

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