terça-feira, 10 de junho de 2008

Ivana Pascoal



Colheste um verso ao invés de flores dos meus olhos, minha pele silvestre já não se cobre mais, o cheiro de alecrim invadiu entorpecente tudo que tocaste dentro de mim. Eis a fúria que habita minhas retinas tontas de sal: esse teu ser incandescente que docemente cega minha busca anteriorde outra atmosfera... O invólucro suave de tuas mãos que dançam sobre meus espinhos armanezando todo éter que antes era solto no invisível e que hoje tem os contornos da tua boca silente fechada em sorrisos inefáveis.
_Ivana Pascoal_

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