terça-feira, 10 de junho de 2008

CARLO MAGNO


Translúcido
Neste ambiente de remanso
Refugio da criação e emoção
Projetei estas linhas, sem pranto
Numa complexidade de solidão
Não me prendas em forma inefável
Se no instante o verbo é eterno
Nasce na graça de uma semente, venal
Remete a uma significação recital
Este meu verbo se conjuga no teu
Um está no outro, como a luz na luz
Não basta ter ação, nem forma de Orfeu
Está num coração, amante, que reluz
Tu e eu somos sempre sujeito do verbo
Não reclamarei de ti, nem de teu amor
Ninguém possui ninguém, mas percebo
Dentro do verbo amar, sofro deste sabor
Sei que tu és impossível e sofro
Não te prenderei em minhas mãos
Nem trancarei em escrituras
Travarei com minhas bravuras e assumo
(Carlo Magno)

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