quarta-feira, 4 de junho de 2008

Daniel Faria


Na amizade, muitas vezes,
a distância é o lugar mais próximo
e de maior proximidade,
isto é, onde a presença do outro
de tão inteira já não pode ser medida.
Sendo um lugar cheio de saudade,
esse é também um lugar feliz,
porque aí sem cessar se regressa e avista.
É como o movimento de quem caminha
num espaço alto e estreito:
é preciso separar os braços e desunir as mãos,
para que possa alcançar-se o equilíbrio.
(Daniel Faria)

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