sábado, 3 de maio de 2008

Manuel Alegre


"O vazio"
Por vezes de repente há um vazio
nem um gesto nem voz nem pensamento
terrível como a foz do grande rio
onde vai dar algures o esquecimento.
Nem branco ou negro nem sequer cinzento
um calor sem calor. Frio sem frio.
Não há nada por fora. E nada dentro.
Não é menos nem mais. É só vazio.
(Manuel Alegre)

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