terça-feira, 20 de maio de 2008

MARTA PERES


A Casa – 9
Enquanto subia a colina contemplava com interesse
tudo que meus olhos podiam abarcar, já estivera ali
pensava, o velho moinho de vento apareceu bem á
minha frente, pensmentos estranhos tomavam forma.

Ouvi dizer que iriam transformar o velho moinho
de vento em moderna habitação, devo ter ouvido
no hotel onde me hospedava.

Na praia crianças brincavam, jovens jogavam vôlei
na areia, o mar arremessava sua espuma contra o vento,
mais parecia que tudo aquilo era seu, pertencia à sua própria vida,
o céu na medida que eu subia encontrava a terra.

Já estava quase ao final da esplanada, um arrepio
subiu pela espinha, sentimento de medo quando olhei
os rochedos, o mar lá em baixo do precipício, minhas mãos
suavam mais que o normal, me vi despencando das pedras.

Precisei apoiar no tronco de uma árvore pequena, quase
caí pela tontura sentida, após um declive rochoso
vi a casa de pedras cinzentas, antiga,
gasta pelo tempoporém suntuosa.
(Marta Peres)

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