segunda-feira, 5 de maio de 2008

Letícia Thompson


Aquarela
Sei que sempre ficará
Algo de mim em ti
E algo de ti em mim
Como na tela o amanhecer
Que o pintor imortalizou.
E se ficam vivas nuanças
Das cores que a vida inventou,
Há um mistério que não se diz,
Escondido,
Em qualquer parte desse matiz.
E como nos versos inacabados
Que o poeta renunciou,
Fica essa aquarela,
Atraente e bela,
Pintada com cores do pranto,
Com esse lado, indecifrável,
Que o pintor deixou em branco.
(Letícia Thompson)

0 comentários: