terça-feira, 8 de abril de 2008

Recordo Ainda


Recordo ainda...
E nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, na lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui...Mas ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino...acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
(Mario Quintana)

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