domingo, 20 de abril de 2008

Alma Collins



O IMAGINADO PARAÍSO
Hoje eu varri
A casa, o corpo, a alma
Não ficou totalmente limpo
Algum pó remanescente sempre sobra
Ainda bem que sim, pois o que seria se nada sobrasse
Talvez esta poesia não existisse
Talvez o sol não refletisse
Seus raios nos grãozinhos de poeira espalhados pelo chão
Isso dá o reflexo e a impressão
De se pisar no chão de diamantes ou de estrelas
Já que voar sem asas é impossível
E assim, toca-se no chão o que o brilho do céu deixou
Fazendo com que resplandeça
Em nossos pés
Não fuligem ou poeira
Mas raios e brilhos do que pode ser
O imaginado paraíso
(Alma Collins)

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