terça-feira, 8 de abril de 2008

NÃO TENS CULPA...


Não tens culpa
se este amor nasceu como
uma planta humilde e ignorada,
que ninguém plantou, mas que vive e que cresce,
e afinal em meu peito criou fundas raízes
e todo em flores azuis de sonho se enfloresce...
Não tens culpa de nada...
Que culpa terás se meus olhos
nunca mais te esqueceram
assim tristes corno estão,
e se encontrando desprevenido o pensamento,
entraste e chegaste ao coração?
Culpemos o Destino, ou ninguém...
E para que falar em culpa
se de nada estamos certos,
se serás sonho apenas,
sonho de olhos abertos,
fora do alcance da mão?...
(J.G. de Araujo Jorge)

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