terça-feira, 8 de abril de 2008

A. ESTEBANEZ


CANÇÃO SONOLENTA
Correm lentos noite e rio
nos atalhos entre o vento
aquecendo a mão do frio
nos retalhos do relento...
A brisa vem-me acalmar
de antigo ressentimento
e o vento me vem cantar
de tanto contentamento.
Na alameda à luz da lua
sob o céu além do tempo
nas poças d’água da rua
entre luzes me contemplo.
Futuro não tem passado
e o presente não tem fim.
Há em mim o outro lado
de um outro lado de mim...
Jaz-me a alma repousada
e uma flor calada em mim
como saudade encostada
no canteiro de um jardim...
(A. Estebanez )

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