domingo, 20 de abril de 2008

Augusto Vieira


Inimigos muitos são meus,
Mas eu nunca o fui de alguém
Por nossa irmandade em Deus
E só saber querer bem.

Amigos tenho aos montões
Que não me fazem favores
Que me dão seus corações
Até mais que meus amores.

Se eu num planeta distante
A maravilha encontrasse
E a tornasse prisioneira
Em êxtase e contentamento.
E, se ainda hilariante,
Senhor do mundo a levasse
Para uma ilha fagueira,
Nas asas fortes do vento,
E se ali houvesse um abrigo
Que a mim e a ela hospedasse,
Ainda assim seria o nada
Se não tivesse um amigo
Por quem meu peito vibrasse
Ao longo da caminhada.

Amigos da juventude,
Amigos que nos deixaram,
Ou que ainda estão na lida.
E os amigos porvindouros?
Amigos são plenitude
Sejam os que foram ou ficaram
Nesta nossa curta vida
Ladra de nossos tesouros.
(Augusto Vieira)

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