quinta-feira, 20 de março de 2008

A INTRUSA


De repente apareceu você do nada
Deu-me um brilho que eu não tinha até então
De mansinho acomodou-se, viu-se amada
E aninhou-se dentro do meu coração
Deu-me estrelas, fez-se noite enluarada
De uma vida que era breu e solidão
Ressurgiu, dia após dia, em minha estrada
Como um sol iluminando a vastidão
Por eu não poder me dar aos seus carinhos
Eu tentei seguir sozinho os meus caminhos
Com a alma agrilhoada em pranto e dor
Mas sua imagem encarcera-me em prisão
Com algemas que jamais abrir-se-ão
Pois a chave que as trancou se chama amor!
(Oldney Lopes ©)

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