sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Borboleta


Os meninos Antonio e Maria, no jardim brincavam
Naquele dia esplêndido e radiante de primavera
Com gritos alegres se perseguiam e no chão rolavam.

A mãe, da cozinha os vigiava satisfeita e bem contente
Por ver os dois rebentos felizes a brincar sem brigas
Sob o forte e estafante calor do sol resplandecente.

De repente, uma linda borboleta de asas coloridas
Aparece no jardim e, entre as lindas flores volteia
perseguida pelos dois, que intensificam as corridas.

Pega, pega, agarra...eles soltam alaridos, bem agitados
Cuidado maria! Olha Toni! Atenção para não machucá-la
E continuam correndo e gritando como dois endiabrados.

A Borboleta, não está assustada e, entre as belas flores
Segue volteando! beija uma rosa aqui e um cravo acolá
Abrindo e fechando as asas. Faceira mostra as suas cores.

Imitando o vôo da borboleta com os braços abertos
E radiante de felicidade, continuam a soltar gritos
mal adivinhando o fim triste daqueles alegres festos.

De fato, com a velocidade dum raio, sobre a borboleta caiu
Um enorme pássaro preto que dela, fez um suculento pasto...
Aos gritos eles chamaram: -Mãe, mãe!...O malvado a coitada engoliu.

(Enzo Campanella)

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