quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

OLDNEY LOPES

VERSONHAR


São teus todos os versos que eu invento,
Qualquer lira que toco é a ti que tanjo,
Vejo teu rosto, se imagino um anjo,
Vejo tua luz, se miro o firmamento.


Tão prazeroso é construir-te em rimas!
Quanta lascívia ao versejar teus lábios!
Na folha em branco – alcova, o verso é sábio:
Desvenda os teus mistérios, me sublima!


De tão intenso e forte este meu gosto,
As letras que eu escrevo são teu rosto,
Os versos são teu corpo em tez e charme...


Na folha és tu sorrindo, airosa e nua...
Onírico lampejo, e a imagem tua
Desgruda do papel e vem beijar-me!
(Oldney Lopes © )

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